Não desistas

Não desistas

domingo, 29 de novembro de 2015

Gerês Extreme Marathon




A maratona de Estrada mais dura do Mundo e eu confirmo! Prova com a cara do Carlos Sá, que nos brindou já com a segunda edição e tal como o Capela diz, vai ser mais uma que vou ter que participar em todas. Este ano não estava o temporal do ano anterior, apesar de estar frio, não estava muito vento, para mim, seriam só boas notícias.
Conhecendo já o percurso, decidi começar a primeira subida com calma sem grandes picos de energia, pois iria precisar dela para metade da restante prova.

Quando cheguei tirei algumas fotos, simplesmente belo...




Fazia exactamente um ano realizamos a homenagem ao João Marinho, já por isso, muitas recordações vieram ao de cima, cada vez mais a emoção nos invade a alma. Este ano infelizmente, outro colega da Desnível Positivo, sofreu um acidente e estava nos cuidados intensivos do Hospital, o Tiago Fernandes, como bom amigo que é, solicitou a impressão de dorsais com o nome do Renato e em solidariedade, toda a equipa foi equipada com isso, pois já que ele não podia correr, nós faríamos por ele... tal como disse muita emoção na flor da pele.
























Os km foram passando, eu estava bem, era meu principal objectivo melhorar o tempo do ano anterior, estava extremamente focado nisso, mas esta prova consegue "vergar" os mais duros e por isso o meu inteiro respeito e humildade, pois tem o título de mais dura prova de estrada, por algum motivo...Mesmo assim tirei cerca de 13 minutos ao meu tempo, portanto foi um dia sem dúvida, simplesmente espectacular.







domingo, 22 de novembro de 2015

Ultra Trail Amigos da Montanha




Este ano tinha decidido participar nesta prova, pois no ano passado falhei para conseguir realizar a Maratona do Porto e a Maratona de Gerês. 
Após 15 dias da Maratona do Porto, sabia que não estava em condições de realizar uma excelente prova e como o objectivo seria de concluir a Maratona do Gerês, no próximo fim de semana, com melhor tempo que no ano passado, não podia abusar e deveria fazer estes kms em modo de diversão e recuperação. 










Tal como esperado, os Amigos da Montanha realizaram uma prova bastante agradável, com algumas subidas duras, umas descidas divertidas e uma paisagem sublime, onde mesmo estando tempo bastante chuvoso se torna excelente para praticar trail.







domingo, 8 de novembro de 2015

12ª Maratona do Porto



Apesar de não me ter inscrito nesta mítica maratona, o destino reservou uma surpresa muito especial... Tinha decidido este ano não participar na Maratona do Porto, porque já tinha participado 3 vezes seguidas e durante o mês de Novembro, tinha duas provas por participar, o Ultra Trail Amigos da Montanha e a Maratona do Gerês, sendo que a recuperação de uma para a outra seria de apenas uma semana, não me inscrevi.


Ainda em Outubro, ao percorrer o Facebook, vejo uma publicação da Secret Training Portugal com a possibilidade de ganhar um dorsal para a maratona do Porto e não vacilei, participei e...Adivinhem! Fui o feliz contemplado, mas por outro lado seria muito justo para recuperar para as restantes provas... Mas o desafio estava lançado e agora não podia deixar de perder esta oportunidade.
Apesar de ainda estar a recuperar do UTAX, com 15 dias para treinar para a maratona, tentei realizar treino do tipo  expresso.
Não querendo estar aqui com este tipo de discurso extremamente centrado em mim, vou relatar um pouco o que achei da prova, das suas alterações e aquilo que senti ao longo dos 42k.


Cedo me reuni com o Frederico e o Filipe, para ir buscar o Tiago na Maia e ir ter ao local de encontro com o resto da malta da equipa. Mas o Tiago, como tem sido habitual, ficou a dormir, ou então perdeu mais tempo que devido no wc e não se confessou...ahahaha!
Lá nos juntamos todos no local combinado e seguimos para estacionar o carro e tirar a foto da praxe.



A massa humana nesta prova é imensa, é uma prova que tem atletas de todos pontos do mundo e a organização centrou esforços em atingir recordes... será?

Este ano houve alteração no início da prova, passou para o queimódromo do Porto, evitando assim o uso de autocarros para o transporte dos atletas para junto da Boavista, a meu ver até foi um opção excelente.
Infelizmente a saída do queimódromo é ampla mas ao entrar na avenida, afunilou bastante, onde houve alguns tropeções na passagem dos participantes e até se ouviu algumas bocas ao feito.
Mas como o dia é de festa, rapidamente este momento foi esquecido, siga para a frente que ainda temos 42 km para correr.




Realmente o calor complicou tudo e uma pequena brisa que se sentia de frente ao longo de 21 km, sabia que não podia abusar, tentei andar na roda de alguns atletas para reduzir o atrito gerado pelo vento e minimizar esse desgaste, pelos visto não era o único a "andar na roda".







A entrada para a ribeira, é um dos momentos que mais gosto, pois tem muita gente a apoiar e torna tudo melhor para a restante meia maratona que temos pela frente. Não gosto a parte do lado de Gaia que é em paralelo, causa algum desconforto, a maioria opta por subir o passeio para evitar esta parte. Deste lado estávamos protegidos do vento, mas o calor não estava nada ajudar, até que verifico um atleta no chão a ser apoiado pelo Inem, já se adivinhava que o calor iria ter as suas consequências.
Ao chegar a Afurada, muitos populares dão o seu apoio, incentivando os atletas a não desanimar, eu já sentia alguma fadiga e quando dou a volta, verifico que o balão das 3 horas estava a ganhar terreno e que me iria apanhar.
Não demorou muito até chegar a mim, tentei acompanhar o atleta que levava o o balão, olhei para o relógio e o ritmo era abaixo dos  4 minutos por km, extremamente rápido e só consegui acompanhar uns kms, foi até a subida da Ponto D. Luis.


Neste momento senti o muro, o calor não ajudava, bem como a mente começava a dar ordens para parar, tinha vontade de urinar mas não queria parar....
Sabia que o André estaria por volta do km 32 ou 34, para me entregar o gel e aí tive que parar... perdi alguns segundos, mas já não tinha que lidar com esse conflito na minha mente. Faltam cerca de 8 km, estes são os mais duros e parte do percurso não ajuda, principalmente quando passamos a Fortaleza de São João da Foz, na parte em paralelo, a subir e com o vento sempre de frente desde os últimos kms, mas rapidamente ultrapassamos isso, começamos a visualizar mais pessoas a apoiar, alguns atletas da Family Race vinham dar apoio ao pessoal da Maratona e isso ajuda mesmo.



Ao longe avisto o Isaque, infelizmente tinha ficado pelos 21 km e disse me que iria comigo até a meta. Foi sempre a puxar por mim, neste momento mesmo sabendo que estava a finalizar, estaria a um ritmo abaixo do desejado, a sentir-me muito desidratado, mesmo tendo bebido bastante ao longo da prova. Já ao chegar a última rotunda, a massa humana é imensa, várias pessoas vão aplaudindo os atletas, as Espanholas são incansáveis, lá vejo o Taxa, que ainda me deu um último impulso, entro no último km e o Isaque ficou por ali. Obrigado amigo, foste uma grande ajuda.


O sentimento é de conquista, superação, nestes momentos revejo a imagem do meu filho na incubadora do serviço de Neonatologia, penso sempre o quanto ele lutou para viver, está quase, penso eu, mesmo que não dentro do meu tempo, esta já está. Parabéns!