Não desistas

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sábado, 19 de março de 2016

Carrera Alto Sil - Be Free, Be Wild, Be You!!!

Soy Fuerte - Libre -Soy yo

O facto de se terem esgotado as inscrições disponíveis, em apenas nove minutos, nada disso faria prever as emoções que se iriam viver durante os dias 19 e 20 de Março, eu pelo menos tentei procurar provas para 2016, em que realmente se vive e respire pura cultura de montanha e encontrei isso em Espanha.



No primeiro dia, lá fomos para uma aldeia, Salentinos, onde iríamos ter o km Vertical, ou seja, 4 km de extensão com uma subida inferior ou igual a 1000 mt, onde ganha aquele que for mais rápido. As saídas eram dadas a pares, com separação de 30 segundos umas das outras. Na aldeia, apenas algumas casas, animais a pastar e mais de uma centena de pessoas davam vida aquele local parado no tempo. Inicialmente o trilho era em terra e alguma pedra solta, mas rapidamente só havia neve, com algumas passagens por água, o dia estava pouco nublado e por isso a subida ao pico seria extraordinária.

Foto cedida por Diogo Almeida

Ao chegar ao cume a paisagem é simplesmente magnífica, o apoio durante a subida é de outro mundo e a sensação de ter desfrutado cada momento, é ainda maior!
No final fomos brindados com um almoço, organizado pelo ayuntamento de Paramo del Sil, numa casinha com uma tabuleta de madeira, com a inscrição "Bodega", onde nos foi servida uma sopa divinal, acompanhada com tapas variadas. Escusado dizer que o ambiente era simplesmente de perfeita união com o local e com os outros participantes, voluntários e público em geral.

Foto cedida por Diogo Almeida



Foto cedida por Diogo Almeida

Ao fim do dia ainda se deu o brieffing aos atletas, com explicações mais completas do local e das condições, seguido de uma pasta party, paga no acto de inscrição, mas onde mais uma vez, todos são convidados a usufruir desta refeição.

Com Lolo Diéz

Com Santi Obaya

Segundo dia, em Santa Cruz do Sil, teríamos início a prova dos 33 km, o ambiente era explosivo e de alguma ansiedade...mas o espírito era apenas aquele sentimento único...uma festa.


O grupo arrancou muito compacto sempre a subir até La Chañada, seguida de uma descida súbita e uma subida de cortar as respiração, chamada o Muro. Descemos novamente, algum estradão, alcatrão, onde neste ponto julgo que fosse a parte mais rápida da prova, começamos a subir, onde tivemos a passagem por Páramo del Sil, onde existia muito público a aplaudir e a puxar pelo atletas. Depois de Páramo iniciaríamos a subida ao ponto mais alto, La Campona, um abrigo de montanha ao 1600 mt de altitude, mais de metade da subida foi realizada em single track, devido a neve, o que não dava para passar outros atletas, sem que nos obrigasse a ter que sair fora do trilho e correr o risco de não saber o que se iria pisar.

O Muro
Fim de "O Muro"

A chegar a Páramo do Sil

Chegado ao abastecimento de La Campona, começamos a descer, continuávamos a ter bastante público a aplaudir, mesmo estando tudo cheio de neve as pessoas e toda aquela mística era extraordinário, adorei a descida até ao seguinte abastecimento em Primout. Nesta parte do percurso, passávamos por zonas com muitas passagens pelo rio, onde havia bastante lama e a progressão era mais cuidada, para evitar algum acidente.

Abrigo em La campona


Tinha em mente tentar fazer o percurso cronometrado até ao Pico Negro a dar o meu máximo, mesmo sabendo que existia muito pessoal rápido, de olho neste desafio, teria como objectivo força esta subida. Mal eu sabia que a cronometragem era dada mal se passava com o chip no abastecimento, eu ainda fui beber isótónico, urinei e andava a espera do ponto de passagem para começar a contagem, mas de repente vejo o topo do pico e pensei, "Isto começou a contar no abastecimento, agora, LUMEEE!!!!..."








Chegado ao Pico negro, o percurso era sempre a descer, paragem em la Colada no último abastecimento, ainda muita lama, um trilho engraçado tipo floresta para acabar, mais uma passagem pelo rio e logo de seguida a entrada em Santa cruz para a meta, mais uma vez com uma massa  humana enorme a aplaudir os que iam terminando e o Lolo a receber os atletas com um sorriso no rosto!


A festa esta no auge, entrega de prémios, já se confeccionava a Paella para todos. Os banhos foram num pré-fabricado com água fria, mas mesmo estando uma manhã amena, soube muito bem, até porque estava extremamente satisfeito com tudo que vivi estes dias.


Meta
O organizador e director Lolo Díez, fez desta "Carrera Alto Sil", talvez uma das melhores em solo Espanhol, consegue com isso, que se esgotem as vagas disponíveis em escassos minutos e junta excelente atletas num local único e mágico, numa união, numa cultura pura de montanha.



Para mim, foi sem dúvida uma prova muito especial, não pelo resultado obtido, pois a competição é de alto nível, mas foi um bom treino! Excelente teste para o material, alimentação, mas principalmente para treinar o corpo na altitude e na neve.

Gracias Lolo!!!!


Agradecimento especial:

LojaTrailRun
Nathan
Altra
HandsOn
Desnivel Positivo



Resultados:

Kmv Bobia: 31º 00:47:13
Carrera Alto Sil: 75º 03:45:59
CronoK2PicoNegro: 54º 00:25:27

Equipamento:

  1. Mochila Nathan Vapor Cloud race Vest
  2. Sapatilhas Altra Lone Peak 2.5 (33k)
  3. Sapatilhas Altra Superior 2.0 (kmvertical)
  4. Meias Injinji



Podem consultar aqui uma entrevista ao director da prova do Alto Sil em 2015 no site carreraspormontana.com.





Álbum no google fotos aqui.

domingo, 13 de março de 2016

Altra Shoe Test











Através da Altra Portugal, juntamente com a LojaTrailRun, tive a oportunidade de dar a conhecer os 3 modelos de sapatilha para trail. O modelo mais inclinado para a competição, Superior 2.0, o modelo de meia amortização, indicado para distâncias de Maratona, o Lone Peak 2.5 e o a máxima amortização, indicado para Ultras, o modelo Olympus 2.0.

O terreno usado foi a Serra D´Arga, ideal para realizar este teste, pois houve de tudo, subidas, descidas, lama, pedra molhada, calor... Portanto não poderia ter sido a melhor opção.

Podem pesquisar sobre as características técnicas deste modelo aqui, bem como de todos os restantes.


























quarta-feira, 9 de março de 2016

Nathan Vapor Cloud Race Vest



Tive o privilégio de experimentar esta mochila durante a prova dos 64 km do Quiroca Trail Challenge e fiquei extremamente satisfeito com o material. Apesar de ser um modelo de 2014, continua a ser uma boa escolha e cumpre os requisitos para participar no Ultra Trail Du Mont Blanc. A Nathan pretende com esta mochila, que tudo fique o mais compacto possível nas nossas costas, daí usarem um sistema de ajuste específico para esse efeito de forma a evitar o resvalar da mochila e até do barulho da água. No meu teste verifiquei isso mesmo, a mochila fica mesmo imóvel nas costas e conseguimos ter tudo a mão e outro aspecto positivo é o facto de nos libertar o fundo das costas. O único aspecto negativo é a os reflectores saírem com alguma facilidade, pelo menos na mochila que testei, uma das tiras reflectoras ficou sem uma parte.




Este "colete" tem capacidade de 11 litros, vem equipado com um saco de hidratação da Hydrapack, com capacidade para 2 litros, o local para este efeito está isolado para não aquecer com o calor do nosso corpo. O tubo que inserimos na boca para beber, tem um imán para o manter seguro a mochila, sem que haja necessidade de procurar o local para o colocar. Apesar de ter este sistema de hidratação na parte traseira, os bolsos da frente permitem colocar recipientes até 650 ml, libertando assim o bolso traseiro para se levar outros materiais.



A mochila é composta por um material de enorme respirabilidade, tem vários bolsos, com fecho, de enorme capacidade e de fácil acesso. Apesar de nenhum ser isolado para colocar aparelhos electrónicos, do tipo mp3 ou telemóvel, a marca define um para esse efeito. De salientar um bolso secreto junto ás nossas costa para colocar gelo, principalmente em provas que decorram em climas muito quentes, além do mais, incluí um apito removível incorporado e tem a possibilidade de colocar os bastões na mochila com um sistema de elásticos, semelhantes com o que são usados noutras marcas. Tem um peso aproximado a 550 gr, com o depósito de água, onde a capacidade é de 9.2 litros, onde sem o reservatório de água a capacidade da mochila é de 11 litros.



Durante o teste, além do reservatório com 1,5 lt de isotónico, levei um estojo de primeiros socorros, manta térmica, gorro, luvas, camisola térmica extra, casaco impermeável, telemóvel e alimentação diversa (alguns geís e barras). Consegui aceder a todo que necessitei sem perder muito tempo e usei um cordão elástico que se encontra na traseira da mochila para colocar o impermeável, sem qualquer problema.

Existe a versão masculina e feminina, pois a marca salienta a diferença do tronco no género, ou seja, de homem e para mulher, daí que a mochila tem que ser diferente, o que em outras marcas não acontece. Esta versão tem 4 tamanhos S, M, L, XL, sendo apresentada na versão masculina em duas cores, azul e cinza.

Do meu ponto de vista é um produto bastante bom, com uma relação de qualidade/preço excelente.



Podem encontrar este e outros produtos na página da Nathan, bem como na página do facebook Nathan Portugal e os produtos em Portugal serão vendidos pela Loja Trail Run.


Podem visualizar o vídeo da Nathan aqui, bem como o vídeo realizada pela TRAILRUNNINGRVIEW.